sábado, 22 de junho de 2013

Capítulos 01 e 02

FUSCA MEIA NADA (1960) Capítulo 01
Toda vez que eu passava pela 23 de Maio, famosa avenida paulistana que liga o norte ao sul da cidade..........

... No meu Fusca 1969, que pelo seu estado de conservação eu chamava de “meia nada”(1960);Carro esse que se tornara o meu companheiro do dia a dia..........

...Eu pensava em ter um Fusca do ano, novinho em folha, sem problemas mecânicos, enxuto e rodando macio.

... Mas o bichinho não me deixava na mão, a não ser da vez em que eu fundi o motor dele. Escapei por pouco de gastar toda a minha fortuna para retificar o dito motor...
                                                                                                                                                                             ... Queria agradecer as autoridades que viabilizaram a construção da 23 de Maio; e de rodovias por onde, em breve, eu iria passar com meu potente Fusca..........

...Isso se meu Fusquinha ainda estivesse em condições de uso quando as obras terminassem...

...Talvez eu vá pra Uberaba, pensava eu...

...Mandar o Fusca para reforma não estava nos meus planos...

... Sou demais na direção. Medo de correr não tinha...


... O Fusca bege podia até voar, acreditem!!!!!!!!!!

CARCOMIDO E AMASSADO Capítulo 02

Carcomido de ferrugem e amassado de trombada são expressões pouco usadas na língua portuguesa. Conotam um estado de extrema degradação do objeto. 

Além de que não retratam a verdade sobre o meu Fusca. É verdade que ele não estava em bom estado, tinha pontos de ferrugem em sua lataria e amigos meus diziam que ele parecia ter pertencido à frota de taxi, tendo por isso sofrido o abandono dos cuidados com a sua aparência e mecânica. Ainda assim eu gostava dele.

Quando chovia entrava água. Daí eu resolvi acabar com o problema. Bem que tentei. Não consegui, mas a quantidade de água que ainda entrava era pouca.

As caixas que ficavam sob as portas, essas sim estavam enferrujadas e foram substituídas.

O para choque traseiro sofreu uma pequena batida e ficou amassado. Nada que um funileiro amigo meu não pudesse resolver com meia dúzia de marteladas. Afinal ele estava sujeito a sofrer uma verdadeira trombada.

O para lama direito traseiro foi amassado por um caminhão abestalhado. Não exigi pagamento pelo dano. Fiquei com o prejuízo, mas não perdi uma noite de amor com a minha gata. Afinal isso sim é que era importante para mim.

As curvas da estrada de Santos, falo da rodovia Anchieta, é claro, me viram passar por elas no limite da capacidade de aderência dos pneus do Fusca.

Certa vez, ao subir a serra, desta vez pela rodovia Imigrante, o cabo do acelerador se partiu. Por sorte, encontrei um pedaço de arame de aço, o qual usei para manter o motor numa certa aceleração. Com isso pude chegar à São Paulo.

Por fim dei o Fusca como lance num consórcio e consegui trocá-lo por um Chevete


Mas ficou na memória a lembrança, ficou a canção.

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