O meu radinho de pilha deixava rolar o som de
novas bandas nacionais e internacionais. Com a recepção cheia de chiados e
interrupções devido a falhas no sinal.
Eu ouvia “splish splesh, foi o beijo que eu dei nela dentro
do cinema”.
A canção rolava solta no ar.
Ah, e não me considerava tão roqueiro.
Diz a
lenda que eu sou eclético.
Nessa época, eu,
tímido, aventureiro e sonhador, curtia com dedicação OS NÔMADES. Banda que até
então era apenas uma dupla = Eu e o Arildo.
O radinho de pilha era um presente
da minha mãe, dado a mim após o falecimento do meu padrasto, dono e usuário do
dito radinho.
Mal sabia eu que esse radinho de pilha ainda ia fazer
história.
Frequentemente perguntavam por que eu não instalava um
equipamento de som para carro no meu Fusca; e eu me divertia respondendo que
não tinha dinheiro para fazer isso.
Eu curtia o meu fusca total, com seu barulho, etc. e tal.
OUTRO CARRO (Capítulo 06)
De repente, outro carro parado na minha frente-----------Há, tive que soltar as rédeas que agora o bicho ia pegar.
Meu carro até tremeu com o susto que levei.
Bater nesse carro eu não ia, porque eu era bom de braço!!
Tinha que ser rápido!
Se pelo menos o meu carro fosse blindado!
Sabia que meu fusca iria se tornar uma lenda urbana!
Não dava tempo para pensar em mais nada!
O carro ia ter que parar imediatamente!
Encontraria eu outra saída?
Tinha fé que tudo ia dar certo.
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